o que se desatou num só momento não cabe no infinito, e é fuga e vento" "mas as coisas findas, muito mais que lindas, essas ficarão." Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Cora Coralina
Casa velha da ponte onde viveu Cora Coralina no Estado de Goiás.
Não sei se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo, é o que dá sentido à vida. É o que faz com que ela não seja nem curta, nem longa demais, mas que seja intensa, verdadeira, pura enquanto durar. Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.
Cora Coralina
Sobre a poetisa: Cora Coralina nasceu em 20/08/1889;
Chamada Ana Lins do Guimarães foi a grande poetisa do Estado de Goiás e, por incrível que pareça publicou seu primeiro livro aos 75 anos e muitas de suas obras chegaram até Carlos Drummond de Andrade, só quando ela tinha 90 anos.
Esta poetisa nunca deixou de lutar pelas causas sociais, e foi criticada por isso, mas teve os elogios merecidos, sendo uma mulher que também sofreu , pois se só estudou 2 a 3 anos em escola, foi considerada uma autoditada e reconhecida com um troféu Juca Pato como intelectual.
Com certeza herdou tudo isso porque em sua adolescência, lia jornais, romances e adorava freqüentar saraus.
Uma história de vida e persistência...E teve como prêmio pessoal o reconhecimento de Carlos Drummond de Andrade.
Morreu em 1985 com 96 anos, nos deixou um legado e uma frase que simplifica tudo isso: Daí, Senhor, que minha humildade seja como a chuva desejada caindo mansa, longa noite escura, numa terra sedenta e num telhado velho.
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